Blogagem Coletiva: Viagens e perrengues em família – as boas lembranças que ficam

Eu fui uma das entusiastas para que este fosse o tema de uma blogagem coletiva, mas não ia participar porque ando com uma preguiça enorme para blogs (fechei os meus e só leio outros para procurar coisas bem específicas). Mas esta blogagem coletiva sobre perrengues de viagens está tão boa que é impossível não lembrar dos próprios perrengues, não rir dos perrengues dos outros. Eles podem ser horríveis na hora, mas certamente são as melhores risadas e lembranças de viagens.

??????????2007. Eu, aos quase 30, morando em São Paulo, já com uma filha de 10 meses, tenho a excelente ideia de levá-la a um dos locais da minha infância: Morro de São Paulo (sim, ficou famoso, você já deve ter ouvido falar, mas, quando eu era pequena, ninguém conhecia, nem os baianos de Salvador).

O que eu não sabia (ainda) é que os perrengues estão no DNA e não iam faltar. Não foi a primeira viagem da Cecília (foi a terceira ou quarta, acho), mas foi a primeira cheia de perrengues. Ela tinha 10 meses e não mamava mais no peito (tive muitas dificuldades na amamentação dela e fui mal orientada e nada apoiada) e tinha alergia a lactose. Tomava um leite de soja em pó.

Antes de sair para a viagem, separei uma lata e deixei em cima da mesa. Preparei uma mamadeira e devia guardar a lata na mochila. Na confusão da saída, não o fiz e só percebi na ilha. Resolvemos ir de catamarã, saindo de Salvador, para encurtar a viagem (aquela, que na minha infância incluía táxi, ferry-boat, ônibus, balsa etc etc.). Que ideia. O encurtamento foi terrível, o mar estava agitado, 97% da tripulação do catamarã vomitava sem parar. Um grupo de francesas deitou no chão vomitado, você via o líquido verde no chão, balançando pra lá e pra cá, junto com a embarcação.

Já alertada que isso (vômitos) poderiam acontecer, levei Dramin para a nossa família. Tomamos pouco antes do embarque. Cecília foi a primeira a dormir (no carrinho, porque nenhum de nós estava em condições de segurá-la nos braços, a gente quase não se aguentava). Eu consegui me escorar em dois bancos e capotei. Meu marido, enjoado e com sono, não dormiu para vigiar o nosso sono e nos salvar caso o catamarã afundasse. O negócio estava tenso, tão tenso, que na volta decidimos fazer o percurso da minha infância e não ter mais que passar por isso.

Na ilha, claro, apesar de já ter bem mais coisas que na década de 80, ainda não tinha leite de soja. Fiquei desesperada, porque leite ainda é o principal alimento de um bebê de 10 meses. Depois de muito peregrinar, consegui um de caixinha, mas fiz minha tia prometer que me levaria uma lata de Salvador. Ela o fez em dois dias e salvou a nossa viagem.

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??????????Outro perrengue da Ciça, poucos meses depois desta viagem, foi em Montevidéu. Visitamos a cidade justamente nos dias em que os hermanos argentinos estavam fazendo um grande protesto nos campos, queimando tudo. O fumacê invadiu a capital uruguaia e os dias viraram noite, simples assim. Não se via o sol, não se via nada. Eu com um bebê de 1 ano e sem poder fazer nada, sem poder sair do hotel, sem achar papinha Nestlé salgada nos supermercados (ela tinha poucos dentes, eu era mãe de primeira viagem, não sabia o que improvisar para ela). Resolvi oferecer massas amassadas (desculpem a aliteração) e carne bem desfiadinha. Ufa, deu certo!

Mas passar vários dias se alimentando de massas e carne em uma cidade coberta com uma permanente nuvem negra não estava nos nossos planos. A única coisa boa disso tudo foi que eu, mesmo sendo asmática, não passei mal ao aspirar esta fumaça. Nem a Ciça, uma bebê alérgica como a mãe. Mas foi tenso e nos fez gastar mais dinheiro adiantando a volta, cancelamos a ida a Colônia do Sacramento (que estava mais afetada, por ser mais perto da Argentina) e demos nossa viagem pelo Uruguai por encerrada.

Além disso, já passamos por vários perrengues básicos: golpe de taxista que troca a sua nota em Buenos Aires (clássico, acontece com quase todo mundo que conheço, difícil evitar), crise de asma em Sevilha após me hospedar em uma casa que “fedia” a produtos de limpeza (dica: quem tem asma ou bronquite NUNCA pode viajar sem bombinha; mas, caso viaje, é uma das poucas coisas que as farmácias vendem sem receita, caso vejam que você realmente precisa, pelo menos comigo funcionou), infecções urinárias e outras doenças chatas. Em uma das minhas primeiras viagens com o meu marido (então namorado) tive uma infecção urinária junto com diarreia em Boipeba (outra ilha deserta na Bahia), em pleno Réveillon. Consegui ligar para o meu ginecologista em São Paulo, que me deu orientações, e, depois de muito peregrinarmos (era véspera de feriado), descolamos um antibiótico na única farmácia da ilha, mas, com o calor, o comprimido estava derretido). Detalhe: a gente namorava havia poucos meses e ele me via parando em qualquer lugar (qualquer mesmo, eu estava passando muito mal!) para fazer xixi e cocô no meio do mato, urrando de dor; suuuuper romântico, só que não.

Mais recentemente, tive infecção urinária em Paris (resolvido com um médico que atende em casa, Vive La France) e em Tirana, Albânia, onde fui a um hospital inglês e fui obrigada quase a fazer um check-up para constatar o que eu já sabia, mas ainda assim saiu mais barato que o médico em casa em Paris.

Já alugamos um apartamento bizarro num subúrbio de Viena e, ao chegarmos lá, descobrimos que o metrô do local estava em obras e não havia muito jeito de chegar ao centro da cidade, só de carro. Era um bairro turco, a mulher que tratou com a gente não falava uma palavra de inglês, o banheiro do apartamento fedia, recebemos reclamação pelo barulho das meninas (nossos “queridos” vizinhos em Paris também reclamaram da gente, o que rendeu uma batida de uma fiscal da prefeitura) e, numa das tentativas de ir ao centro, tomamos uma multa por estacionamento em local proibido (não havia placas). Sim, estávamos de carro, mas, numa cidade cara como Viena, isso mais atrapalha que ajuda.

Já pegamos estradas terríveis na Macedônia e Albânia, daquelas em que o GPS não se acha, o mapa não informa e, claro, ninguém fala inglês. Uma das estradas mais bonitas da Albânia, a El-Basan – Tirana, é como aquela da Colômbia (ou pior). Tira os Andes, coloca os Bálcãs, uma estrada altamente sinuosa, na beira do precipício sem NENHUMA proteção lateral. Encaramos esta viagem com duas crianças em um dia em que ameaçava chover (por sorte, a chuva nos esperou chegar a Tirana para cair). As crianças começaram a enjoar, a comida acabou e, por sorte, quando tudo ficou mais tenso, elas dormiram.  E eu rezando para não ter que sair do carro, pois estava de shortinho e passávamos por vilarejos ultra religiosos (islâmicos), não ia pegar bem, né? Para quem não sabe, a Albânia é a terra da vendeta, estes vilarejos são bem arcaicos, medievais, parados no tempo mesmo.

Nesta viagem, fomos também ao Kosovo, com nosso passaporte brasileiro. Para quem não sabe, o Brasil (nem a ONU) não reconhece o Kosovo como país, logo, se um kosovar quiser entrar no Brasil com um passaporte do Kosovo, não pode. Temíamos que pudesse acontecer o mesmo, mas entramos sem problemas. A única coisa chata foi que meu passaporte não foi carimbado (e que nos fizeram pagar mais 30 euros pelo seguro do carro no país, sendo que a nossa seguradora havia garantido que o seguro funcionaria lá; eu optei por pagar e não arriscar, não queria apuros no Kosovo. Acabou que foi um dos países mais tranquilos e agradáveis que visitamos, mas a Cecília detestou a cantoria das mesquistas em plena madrugada, em Prizren).

Já viajei muito sozinha com as duas e, desde a primeira viagem (a minha caçula tinha três meses, íamos de São Paulo para Brasília) tive que lidar com atrasos de avião (coisa de 5 horas, não é meia horinha não), aeroportos lotados, turbulências terríveis, falta de estrutura para carrinhos de bebê, muitas escadas, ter de pegar 32 quilos de mala com uma criança pequena e uma barriga de grávida e outras coisinhas que eu nem lembraria mais, não fosse o momento de pensar nisso.

Ou o da em que andei 8 quilômetros com as duas, em Berlim, porque achava que estava perto de casa e não queria ter que subir e descer os degraus do metrô com duas crianças e um carrinho. Não, eu não estava perto de casa, Berlim é uma cidade grande, em determinado momento, eu não achava mais o metrô e não tinha o mapa da linha de S-Bahn para saber qual deveria pegar. E continuava a andar, sempre na esperança de que logo ia chegar ou à casa onde estávamos hospedadas ou a uma estação de U ou S-Bahn sem escadas. Doce ilusão. A sorte foi que uma estava no carrinho e a outra naquelas pranchas que se acoplam. Ambas dormiram e chegamos em casa tarde da noite. Eu com bolhas no pé (estava de Havaianas) e morta de vergonha da minha tabaroíce (em baianês, tabaréu é um caipira, um incauto, que não sabe andar em cidade grande).

Em outra visita a Berlim, na casa da mesma amiga, fechei a porta com a chave dentro, porque saímos juntas. Ela estava com a chave dela, mas a minha chave ficou no trinco, do lado de dentro, impedindo a dela de abrir. A brincadeira custou 50 euros (podia ter sido 90, se eu não tivesse a “sorte” de encontrar um chaveiro na esquina de casa, que tinha um tempinho para me atender depois do almoço. Se eu ligasse para ele, seria 90. Ele abriu a porta em menos de 30 segundos, mas não teve conversa. Serviços na Europa são caros, então todo cuidado é pouco.

Teve uma vez também em que a ANTA aqui resolveu ir para a Argentina de ônibus sem passaporte nem identidade. Fui só com a minha carteira de jornalista da FENAJ, que eu usava como documento de identidade no Brasil, onde está escrito “válida em todo o território nacional”, como no RG. Mas NÃO tem valor para imigração (como o RG, que tem valor para o Mercosul).

Desta vez, eu estava sozinha, antes de ter filhos. Tinha ido a Porto Alegre a trabalho, consegui em cima da hora uns dias livres, juntei com fim de semana e fui para Buenos Aires visitar uma amiga. Quando me avisaram, na fronteira, de madrugada, que eu precisaria voltar, desci do ônibus, atravessei a fronteira a pé (não podia, ainda bem que não fui metralhada) e fui, na maior cara de pau, falar com os policiais de imigração. O da PF brasileira nem levantou o olho para me ouvir e disse que eu teria de ficar em Uruguaiana.

No lado argentino, os caras me ouviram. Tive que escutar umas cantadas escrotas, fingi que não ouvi, disse que ia para a cidade por apenas 5 dias e me deram uma permissão de entrada por apenas 5 dias. Se eu perdesse o papel, teria sérios problemas. Claro que cuidei deste papel como se fosse um filho e fiz uma promessa ali mesmo de que, se passasse tudo bem por isso, eu, que não tive criação religiosa e sou ateia, iria a uma missa na catedral da Sé, em São Paulo, onde eu morava. Nunca cumpri a promessa, deve ser por isso que os meus perrengues não acabam. Nem as viagens, ainda bem!

O lado bom dos perrengues, além das risadas e lembranças hilárias que rendem depois (na hora, em geral, eu sou o mau humor em pessoa, brigo com o marido, não consigo me descontrair, mas depois que a gente relaxa, fica muito engraçado), é que eles te tornam muito mais abertos ao novo, ao desconhecido, às surpresas e imprevistos do percurso. Afinal, viajar é isso, não?

De Paloma Varón – Grupo Viagens em Família

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Vejam os posts dos outros blogs que estão participando desta blogagem coletiva:

1. Claudia Pegoraro, Felipe, o pequeno viajante: http://felipeopequenoviajante.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-o-pequeno-perrengueiro.html

2. Karen Schubert Reimer, As Aventuras da Ellerim Viajante: http://ellerimviajante.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-que-passamos-viajando-em-familia-frustracao-em-veneza.html

3. Cinthia Rangel, Boa Viagem: http://boa-viagem7.webnode.com//

4. Adriana Pasello, Diário de Viagem: http://www.diariodeviagem.com/photo/blogagem-coletiva-nossos-perrengues-de-viagem-em-familia/

5. Francine Agnoletto, Viagens que Sonhamos: http://www.viagensquesonhamos.blogspot.com.br/2013/08/surpresasnuma-viagem-punta-del-este.html

http://viagensquesonhamos.blogspot.com.br/2013/08/perrengues-em-familia-o-retorno.html

6. Eder Rezende, Quatro Cantos do Mundo: http://quatrocantosdomundo.wordpress.com/2012/03/04/a-nem-tao-perigosa-nairobbery-nairobi-quenia/

7. Erica Kovacs, Viagem com Gêmeos: http://viagemcomgemeos.com/2013/08/11/perrengue-da-primeira-viagem-internacional-a-historia-da-vitamina-de-aveia/

8. Debora Godoy Segnini, Gosto e Pronto: http://www.gostoepronto.com/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

9. Ludmyla De Sena Broniszewski, Two Many Sides of Me: http://twomanysidesofme.wordpress.com/2013/08/08/perrengues-de-viagem-perrengue-numero-3-blogagem-coletiva-viagens-em-familia/ (este é o perrengue 3! Tem o 1 e o 2!!)

10. Renata Schiffer, A Renata teve infância e sabe ser feliz!: http://www.renataschiffer.com.br/?p=541

11. Andréia Mannarino, Mistura nada básica: http://misturanadabasica.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-que.html

12. Andréa Barros, Do RS para o Mundo: http://dorsparaomundo.blogspot.com/2013/08/segunda-blogagem-coletiva-os-perrengues.html

13. Andrea Martins, do Malas e Panelas: http://malasepanelas.com/viagens-em-familia-saudades-do-carrinho/

14.Aryele Herrera, Casa da Atzin: http://casadaatzin.wordpress.com/2012/10/19/o-dia-em-que-eu-apaguei-em-toquio/

15. Flávia Maciel, Bebê pelo Mundo: http://bebepelomundo.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-viagens-em-familia.html 

16. Renato Martins, do Renato Blogging: http://renatoblogging.blogspot.com.br/2013/08/o-maior-perrengue-que-passamos-viajando.html

17. Sut-Mie Guibert, Viajando com Pimpolhos: http://viajandocompimpolhos.com/2013/08/12/blogagem-coletiva-nossos-perrengues-de-viagem-em-familia/

18. Andreza Trivillin, Andreza Dica e Indica Disney: http://www.andrezadicaeindicadisney.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem.html

19. Debora Galizia, Viajando em Família: http://viajandoemfamilia.com.br/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

20. Thiago Cesar Busarello, Vida de Turista: http://www.vidadeturista.com/artigos/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

21. Ana Cinthia Cassab Heilborn, Travel Book: http://www.travelbook.blog.br/2013/08/nossos-perrengues-de-viagem-em-familia.html

22. Ingrid Patrícia Cruz, Viagens em Família: https://grupoviagensemfamilia.wordpress.com/2013/08/13/blogagem-coletiva-todo-mundo-tem-um-perrengue-pra-contar/

23. Michely Lares, Viagens da Família Lares: http://viagensdafamilialares.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues.html?m=1

24. Karla Alves Leal, Cariocando por aí: http://www.cariocandoporai.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem.html

25.Marcia Tanikawa, Os Caminhantes Ogrotur: http://oscaminhantes.com/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem.html

26. Mônica Paranhos, Viagens em Família: https://grupoviagensemfamilia.wordpress.com/2013/08/15/blogagem-coletiva-nossos-perrengues-de-viagem-em-familia/

27. Patricia Papp, Coisas de Mãe: http://coisasdemae.wordpress.com/2013/08/15/blogagem-coletiva-o-dia-que-a-luiza-parou-o-metro-de-londres/

28. Cynara Vianna, Cantinho de Ná: http://cantinhodena.com.br/2013/08/15/perrengues-e-viagens-quem-nunca-passou-por-um/

29. Cristiane Martins, Dias Viajando por aí: http://diasviajandoporai.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-em-viagens.html

30. Guilherme Canever, Saiporaí: http://saiporai.com/tambemsai/

Blogagem coletiva: nossos perrengues de viagem em família

RV2
Ano passado nós fizemos uma road trip saindo de Chicago com um motor home (eu publiquei um post no blog do Aprendiz de Viajante http://www.aprendizdeviajante.com/index.php/2012/11/27/viajando-de-motorhome-nos-eua/) Ficamos uma semana na estrada e fomos ate Wisconsin numa cidade chamada Dells. 
 
Num belo dia depois de vários passeios, estacionamos nosso RV no parque onde tínhamos alugado um spot e fui preparar a janta. O Flavio e o João de banho tomados me esperavam do lado de fora do RV para jantarmos na mesinha de piquenique. 
 
Saio eu toda feliz com a comida e bato a porta do RV pra não entrar insetos…..com a chave dentro!!! E o celular e a carteira e tuuudo que nós tínhamos!!! 
 
11:30 da noite todo mundo do parque dormindo e nós trancados do lado de fora sem nem um telefone pra ligar pra central da Cruise America!!!
 
O jeito foi bater no trailer vizinho pra pedir um celular emprestado. Acordamos o vizinho (e a mulher e os três filhos!), a sorte eh que o João já tinha interagido com as crianças durante o dia então nos conhecíamos de vista, e explicamos a situação. O cara era um macaco velho de RV e se prontificou a nos ajudar.
 
Primeiro ele falou que as chaves das marcas similares de trailer costumam ser padrão então que ele abriria o nosso trailer com a chave dele…na verdade ele afirmou que a chave era a mesma, mas como o nosso era alugado, adivinha? A chave não abria, lógico!!
 
Depois ele nos disse que o fundo da cama de casal da traseira do RV era um fundo falso, que poderíamos entrar no RV pelo bagageiro traseiro. Mas adivinhe de novo??? O nosso estava lacrado!!!! 
 
O vizinho já estava totalmente sem graça e foi pegar o cel para ligarmos pra Cruise America qdo o João, isso mesmo o João, teve a brilhante ideia de forcar as janelas do RV. Eu totalmente sem esperanças e beirando o histerismo nem dei muita atenção, porque o louco do meu marido tinha um toc de ficar fechando as janelas do RV com medo de que alguém entrasse e roubasse alguma coisa (psicose de carioca!).
 
Mas por obra do divino essa noite ele esqueceu ou sei lá, e deixou uma janela fechada mas não trancada!! Abrimos a janela e jogamos a criança lá pra dentro (porque só ele cabia de passar pelo buraco da janela) e foi assim que meu filho salvou o dia, ou melhor, a noite!!!
 
Espero que vocês tenham gostado!
 
De: Mônica Paranhos do Grupo Viagens em Família
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Vejam os posts dos outros blogs que estão participando desta blogagem coletiva:
 

 Karen Schubert Reimer, As Aventuras da Ellerim Viajante: http://ellerimviajante.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-que-passamos-viajando-em-familia-frustracao-em-veneza.html

Cinthia Rangel, Boa Viagem: http://boa-viagem7.webnode.com//

Adriana Pasello, Diário de Viagem: http://www.diariodeviagem.com/photo/blogagem-coletiva-nossos-perrengues-de-viagem-em-familia/

Francine Agnoletto, Viagens que Sonhamos: http://www.viagensquesonhamos.blogspot.com.br/2013/08/surpresasnuma-viagem-punta-del-este.html

http://viagensquesonhamos.blogspot.com.br/2013/08/perrengues-em-familia-o-retorno.html

Eder Rezende, Quatro Cantos do Mundo: http://quatrocantosdomundo.wordpress.com/2012/03/04/a-nem-tao-perigosa-nairobbery-nairobi-quenia/

Erica Kovacs, Viagem com Gêmeos http://viagemcomgemeos.com/2013/08/11/perrengue-da-primeira-viagem-internacional-a-historia-da-vitamina-de-aveia/

Debora Godoy Segnini, Gosto e Pronto: http://www.gostoepronto.com/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

Ludmyla De Sena Broniszewski, Two Many Sides of Me: http://twomanysidesofme.wordpress.com/2013/08/08/perrengues-de-viagem-perrengue-numero-3-blogagem-coletiva-viagens-em-familia/ (este é o perrengue 3! Tem o 1 e o 2!)

Renata Schiffer, A Renata teve infância e sabe ser feliz!: http://www.renataschiffer.com.br/?p=541

Andréia Mannarino, Mistura nada básica: http://misturanadabasica.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-que.html

Andréa Barros, Do RS para o Mundo: http://dorsparaomundo.blogspot.com/2013/08/segunda-blogagem-coletiva-os-perrengues.html

Andrea Martins, do Malas e Panelas: http://malasepanelas.com/viagens-em-familia-saudades-do-carrinho/

Aryele Herrera, Casa da Atzin : http://casadaatzin.wordpress.com/2012/10/19/o-dia-em-que-eu-apaguei-em-toquio/

Flávia Maciel, Bebê pelo Mundo: http://bebepelomundo.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-viagens-em-familia.html 

Renato Martins, do Renato Blogging: http://renatoblogging.blogspot.com.br/2013/08/o-maior-perrengue-que-passamos-viajando.html 

Sut-Mie Guibert, Viajando com Pimpolhos: http://viajandocompimpolhos.com/2013/08/12/blogagem-coletiva-nossos-perrengues-de-viagem-em-familia/

Andreza Trivillin, Andreza Dica e Indica Disney: http://www.andrezadicaeindicadisney.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem.html

Debora Galizia, Viajando em Família: http://viajandoemfamilia.com.br/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

Thiago Cesar Busarello, Vida de Turista: http://www.vidadeturista.com/artigos/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

Ana Cinthia Cassab Heilborn, Travel Book: http://www.travelbook.blog.br/2013/08/nossos-perrengues-de-viagem-em-familia.html

Ingrid Patrícia Cruz, Viagens em Família: https://grupoviagensemfamilia.wordpress.com/2013/08/13/blogagem-coletiva-todo-mundo-tem-um-perrengue-pra-contar/

Michely Lares, Viagens da Família Lares: http://viagensdafamilialares.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues.html?m=1

Karla Alves Leal, Cariocando por aí: http://www.cariocandoporai.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem.html

Os Caminhantes Ogrotur: http://oscaminhantes.com/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem.html

Blogagem Coletiva: Todo mundo tem um perrengue pra contar!

Todo viajante sempre tem um perrengue pra contar, em maior ou menor grau, eles sempre existem. Bem, somos uma família de viajantes natos, corajosos pra uns, malucos para a grande maioria por levar duas crianças tão pequenas pra tão longe. E podemos dizer que os perrengues já se tornaram tão comuns, que a gente já tá quase achando natural…

Tem perrengue em Miami

Uma vez estávamos indo de Miami para República Dominicana e eu, grávida, e o pequeno Enzo na época com menos de um ano ficamos no aeroporto esperando meu marido ir devolver o carro alugado. Bem, ninguém contava que o aeroporto estaria em reforma, meu marido se perdeu dirigindo com GPS, foi parar em Miami Beach, isso demorou umas duas horas, nós perdemos o voo. Essa é a parte fácil do perrengue, a difícil foi que eu estava sem um documento, sem celular, e sem nenhum dólar na mão. Tinha deixado tudo com meu marido porque ele ia rapidinho, e eu tava sozinha com criança já cheia de coisa… pois fiquei eu e um bebê, desesperados no aeroporto (nessa hora me passou tudo pela cabeça, que o marido tinha morrido, brigado com policiais e sido preso ….). Eu precisava fazer alguma coisa, nessa hora entendi como é desesperante vc ter um filho e não ter nada pra dar pra ele. Tentava ligar a cobrar e não dava certo, eu precisava de moedas. Então resolvi pedir esmola…moedas…telefones nextel…pra todos que encontrava. E sai, grávida, com um bebe no carrinho pedindo pra brasileiros, pra estrangeiros. Moral da história eu consegui algumas moedas, mas não consegui fazer a ligação porque não sabia como fazia do orelhão. Então depois de duas horas desesperadoras, chega meu marido e eu desidrato de tanto chorar.

1077998_10201053370689694_182278373_nO pequeno Enzo brincando enquanto a mãe se desespera

Tem perrengue em Punta Cana

A continuação dessa viagem não podia dar em boa coisa. Bem, conseguimos chegar em Punta Cana a noite, mas…Enzo pegou uma virose daquelas, de diarreia o tempo todo, e eu já sem saber o que fazer com uma criança cagando tanto naquele resort All Inclusive. Ele já tinha sujado o carrinho, a nossa cama, tudo. Pois bem, um dia após o almoço, ele começou a querer vomitar. Eu desesperei, peguei ele no colo e tirei da cadeirinha…qual foi a minha surpresa quando ao levantá-lo descobri que a cadeirinha estava cheia de bosta…no afã do momento, eu simplesmente, sai correndo deixando aquele monte de cocô ali na cadeira…(hoje racionalmente me arrependo, mas na hora fiquei muito sem reação). E nunca mais voltamos pra comer naquele restaurante, por pura vergonha própria.

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Tem perrengue em Cancun

Um belo dia botamos o pequeno no carro e fomos de Playa del Carmen até Cancun. Não satisfeitos resolvemos sair pra rever a cidade de carro. Voltamos pro hotel, tomamos banho e resolvemos curtir a noite com um bebe de menos de um ano. Coitado do pequeno Enzo…fomos a um barzinho super movimentado, o povo subindo no balcão, fazendo trenzinho entre as mesas, e o Enzo delirando… até chegar no hotel! Quando chegamos no hotel super tarde depois da nossa noite de forra (já que quem viaja com criança pequena está fadado a se recolher após o jantar…) quem disse que o Enzo dormiu? Não, ele não dormiu, ele BERROU a madrugada toda…eu de um lado pro outro, com ele no colo, pensando em todas as possibilidades (dor de ouvido, dor de garganta, tudo, desesperada com medo do povo do hotel chamar a polícia), mas não era nada. Acho que ele estava mesmo só cansadinho…foi a primeira e a última vez…agora nós nos recolhemos após o jantar, como uma família normal
kkk.

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Tem perrengue na Nova Zelândia

Um dos piores perrengues sem dúvida. Era dia de pegar nossa Campervan que seria nossa casinha no próximo mês. Ao chegarmos na locadora, pensando que eles iam nos explicar como tudo aquilo funcionava, eles nos deram um DVD portátil para assistirmos e tirar dúvidas se tivéssemos. Naquele momento tenso, em que nós não acreditávamos que ninguém ia nos ensinar o passo a passo ao vivo de como morar naquilo, meu filho mais velho resolve sair correndo em direção a pista, e eu desesperada corri atrás e peguei. Então, me viro pro meu marido que estava no balcão e pergunto: Cadê a Sophie? Ele diz: Não sei, não estava com você? Estava, mas eu fui correr pra pegar o Enzo da pista…e nesse momento, o maior de todos os desesperos da minha existência se instalou, foram segundos, mas nós corríamos entre as campervans perguntando se alguém não tinha visto uma pequena criança, mortos de medo de algo ruim acontecer, quando voltamos pro balcão eu peço: pelo amor de Deus, vocês tem de parar tudo e me ajudar a encontrar minha filha que sumiu. A moça me responde: “é essa aí atrás de vc?”. Putz….Não sei como, mas era…de alguma forma ela estava por ali e nós no desespero não vimos…

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Tem perrengue em Nova York

Todo mundo sabe que hospedagem em Nova York é cara. Então não podíamos esperar nada diferente de um mega perrengue ao nos hospedarmos na White House…sim, o nome do nosso local de dormida era esse, quarto de casal privado por meros 50 dólares. Pra vocês terem uma noção do local, ao se fazer o check in, eles primeiro te dão a chave pra você subir pra ver se tem certeza que quer ficar…Bem, nós fomos dizendo logo de cara que queríamos …e pagamos todas as noites adiantadas…quando subimos, foram cenas de filme de terror. Tudo bem que na entrada já tinham uns mendigos, uns baldes aparando goteiras…(tragédia anunciada). Mas no minúsculo quarto, o teto era aquele telado que cobre galinheiro, conhecem? Cada andar tinha um guardinha que vigiava ( o nosso parecia o Jason e andava com uma faca). A motorista brasileira que fez o transfer das minhas amigas se recusava a deixa-las lá, se ofereceu pra procurar hotel com elas de graça kkk. Enfim, pensando pelo lado bom: nós saíamos mega cedo e voltávamos de madrugada, só pra capotar e passar o menor tempo possível naquele lugar.

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Tem perrengue em Cuba

Nem eu nem meu marido fumamos. Mas não poderíamos sair de Cuba sem uma caixa ‘de los puros’ para presentear os amigos! Como nas lojas era muito caro, resolvemos comprar daquelas pessoas mal encaradas, com cara duvidosa, que oferecem na rua. Ok. Só que eles vão te conduzindo por umas ruelas, um becos, entramos num prédio horrível, cheio de fiação pelo teto, já arrependidos de ter procurado o câmbio negro kkk, com medo do rapaz nos sequestrar… quando o tal rapaz nos leva para a casa dele…e nos entrega uma caixa fechada de charutos maravilhosos. Pra quem fuma, deve valer a experiência. Pra nós, foi traumatizante.

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Tem perrengue na Dinamarca

Esse não é um perrengue nosso propriamente dito. Uma vez passeando por Copenhagem no inverno, nos deparamos com tudo fechado, polícia pra cá, pra lá, todo o nosso trajeto de passeio que tínhamos planejado inviável já que estava tudo fechado…era esse moço aí da foto, que ameaçava se suicidar pulando nas águas geladas do rio… ainda bem que no final os bombeiros conseguiram convencê-lo a desistir.

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Tem perrengue em Los Roques

Quando fomos para Los Roques já sabíamos que iríamos fazer um voo de 40 minutos num pequeno avião. Só não sabíamos que o avião estaria sendo consertado enquanto embarcávamos e que pra segurar a porta, veríamos uma latinha de skol amassada. Isso mesmo. O que dava o fechamento na porta era uma latinha de cerveja amassada. Nem preciso dizer que foram os 40 minutos aéreos mais tensos da minha vida.

Tem perrengue na Hungria

Era Reveillon. Resolvemos escrever na neve e tirar uma foto. Usamos este carro estacionado aí da foto. Pra que!!! O dono veio de longe, falando um monte que, claro, a gente não entendia nada, dizendo que ia chamar a polícia…e nós mais do que rápido, tiramos a foto e sumimos!
Nesse mesmo dia, tivemos um alarme falso de incêndio no hotel. Eu pensei que era bomba, saímos todos de pijamas desesperados. Eu acho que até hoje não me recuperei desse susto.
Todas as vezes que me hospedo, a primeira coisa que faço ao chegar no quarto é fazer o caminho até a saída de emergência. E nunca mais dormi de calcinha em hotel.

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Tem perrengue na Grécia

Quem nunca marcou um voo noturno e outra conexão de madrugada para economizar hotel que atire a primeira pedra. A gente fazia muito isso antes de ter filhos, e acabávamos dormindo desse modelo aí da foto…Nesse dia, em Atenas, o policial do aeroporto avisou ao meu marido que eu precisava levantar do chão. Só que ninguém conseguia me acordar de
tão cansada…nem o policial, nem o marido. O guarda já ameaçava chamar seus colegas, os bombeiros…foi quando meu marido deu um grito no meu ouvido (acorda que vão chamar a polícia). Rapidinho eu levantei kkkkk.

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Temos vários outros perrengues: de quarto de hotel alagado, de comer em restaurante comunitário na Polônia junto com os desabrigados, de ser expulsos de cabine de navio na Croácia, de ser expulsos de show de comédia na Broadway por estar rindo demais…São tantos, que nem dá pra contar aqui. Mas foi ótimo dividir um pouquinho dos nossos apertos com vocês.

De: Ingrid Patrícia Cruz– Grupo Viagens em Família

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Vejam os posts dos outros blogs que estão participando e contando seus perrengues!
Claudia Pegoraro, Felipe, o pequeno viajante:
felipeopequenoviajante.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-o-pequeno-perrengueiro.html

Karen Schubert Reimer, As Aventuras da Ellerim Viajante:
ellerimviajante.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-que-passamos-viajando-em-familia-frustracao-em-veneza.html

Cinthia Rangel, Viagens em Família:
grupoviagensemfamilia.wordpress.com/2013/08/11/blogagem-coletiva-nossos-perrengues-de-viagem/

Adriana Pasello, Diário de Viagem:
diariodeviagem.com/photo/blogagem-coletiva-nossos-perrengues-de-viagem-em-familia/

Francine Agnoletto, Viagens que Sonhamos:
viagensquesonhamos.blogspot.com.br/2013/08/surpresasnuma-viagem-punta-del-este.html

Eder Rezende, Quatro Cantos do Mundo:
quatrocantosdomundo.wordpress.com/2012/03/04/a-nem-tao-perigosa-nairobbery-nairobi-quenia/

Erica Kovacs, Viagem com Gêmeos:
viagemcomgemeos.com/2013/08/11/perrengue-da-primeira-viagem-internacional-a-historia-da-vitamina-de-aveia/

Debora Godoy Segnini, Gosto e Pronto:
gostoepronto.com/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

Ludmyla De Sena Broniszewski, Two Many Sides of Me:
twomanysidesofme.wordpress.com/2013/08/08/perrengues-de-viagem-perrengue-numero-3-blogagem-coletiva-viagens-em-familia/

Renata Schiffer, A Renata teve infância e sabe ser feliz!:
renataschiffer.com.br/?p=541

Andréia Mannarino, Mistura nada básica
misturanadabasica.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-que.html

Andréa Barros, Do RS para o Mundo:
dorsparaomundo.blogspot.com/2013/08/segunda-blogagem-coletiva-os-perrengues.html

Andrea Martins, do Malas e Panelas:
malasepanelas.com/viagens-em-familia-saudades-do-carrinho/

Aryele Herrera, Casa da Atzin:
casadaatzin.wordpress.com/2012/10/19/o-dia-em-que-eu-apaguei-em-toquio/

Flávia Maciel, Bebê pelo Mundo:
bebepelomundo.blogspot.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-viagens-em-familia.html

Renato Martins, do Renato Blogging:
http://renatoblogging.blogspot.com.br/2013/08/o-maior-perrengue-que-passamos-viajando.html

Sut-Mie Guibert, Viajando com Pimpolhos:
viajandocompimpolhos.com/2013/08/12/blogagem-coletiva-nossos-perrengues-de-viagem-em-familia/

Andreza Trivillin, Andreza Dica e Indica Disney: http://www.andrezadicaeindicadisney.com.br/2013/08/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem.html

Debora Galizia, Viajando em Família: http://viajandoemfamilia.com.br/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

Thiago Cesar Busarello, Vida de Turista: http://www.vidadeturista.com/artigos/blogagem-coletiva-perrengues-de-viagem/

Ana Cinthia Cassab Heilborn, Travel Book: http://www.travelbook.blog.br/2013/08/nossos-perrengues-de-viagem-em-familia.html